terça-feira, 28 de agosto de 2018

Considerando a variedade de ferramentas e recursos tecnológicos. O que se considera interessante e apropriado didático-pedagogicamente de se realizar em processos de aprendizagem matemática?

O ensino da matemática muda, de acordo com nível de escolaridade. No fundamental 1, temos o ensino da matemática de forma dinâmica, onde o aluno consegue interagir com o componente de forma mais livre, utilizando elementos do dia-a-dia para poder realizar as operações. Já no ensino fundamental 2, a seguir, a matemática perde a dinâmica e passa a ser ensinada de forma engessada, se apoiando em fórmulas e problemas pré-estabelecidos, tendo em vista que interessa a rapidez e eficiência do aluno na resolução dos problemas. Esse método de ensino desconsidera a possível capacidade do aluno de se pensar matematicamente e de se descobrir como um ser matemático. Além disso, é possível perceber e associar o fato com a questão da falta do letramento, quando o aluno consegue reproduzir as formulas, mas é incapaz de interpreta-las.

O avanço tecnológico atrelado a educação, facilita a compreensão dos conteúdos, além de dinamizar as aulas. Porém, a falta de capacitação dos profissionais acaba desmerecendo o suporte. Nesse contexto se evidencia a importância do componente curricular: oficina - funções, geometria e computadores, que busca justamente a capacitação de profissionais para a utilização dos recursos tecnológicos em função do ensino da matemática. O uso dessas ferramentas é importante, pois o conceito de matemática não é um objeto pronto, e sim um conceito que precisa ser construído pelos alunos.

Os ambientes informatizados apresentam um grande potencial no processo de aprendizagem, dinamizando o conteúdo e ampliando a visibilidade do que se está trabalhando. Dessa forma, os problemas que são enfrentados no processo de aprendizagem são superados com mais facilidade. De modo geral, o recurso tecnológico vem para facilitar esse processo, sendo de fundamental importância a capacitação de profissionais para a utilização proveitosa dos recursos, para que haja uma compreensão ampla por parte do aluno, podendo assim construir os conceitos e se identificar com um ser matemático.

PROJETO BORA: PROPOSTA



O povo Bora vive nas margens do Igara-Paraná na Amazônia colombiana e peruana. A denominação “Bora” vem de “irapora”, uma designação tupi para os “habitantes do mel”. Conforme a lenda, o rio Cahuinari tinha sido criado pela queda da árvore cósmica, ao longo da qual os grupos diferentes se repartiram. Os Bora, vivendo no alto, vivem perto do ‘topo’ da árvore, tal como as abelhas. Os Bora vivem basicamente da agricultura, caça e pesca, sendo a mandioca a cultura agrícola principal. Considerações geométricas intervêm em várias das suas atividades.

Sabendo da aplicação da geometria em suas atividades, propomos desenvolver um programa que possa calcular o número de fitas necessário para a confecção de mariposas, que estarão representadas e desenhadas em um catalogo, e respectivamente iremos calcular a área a partir dos valores inseridas de a, b e c. o catalogo nos possibilitará a utilização da função matriz, onde após inserir o terno da mariposa, nos retornará a sua localização no catálogo. Posteriormente, tem-se uma condição onde a largura dos anéis definirão o tipo de processamento para obtenção do calculo do número de fitas, caso a quantidade de anéis sejam menor que 2, aplicaremos a formula 2a+4c(b-1), caso contrário, o programa irá solicitar por meio do uso de vetores, a larguras dos anéis e processará o número de fitas a partir da fórmula 2a+4(c1+c2+c3...). Em ambos os casos, após o cálculo do número de fitas usando as respectivas funções, o programa calcula a área das mariposas e finaliza, imprimindo os valores, então o programa é finalizado.

O desenvolvimento do programa utilizando uma geometria presente nas atividades dos índios Bora, tem por objetivo expressar a ecologia dos saberes dita por Boaventura, tendo em vista a utilização de sua geometria em um ambiente computacional, caracterizando a evolução de um conhecimento e a exploração das formas de aquisição do mesmo.


BASES EPISTEMOLÓGICA DA EDUCAÇÃO


Componente Bases Epistemológica da Educação
Docente: Gustavo (Lattes)

Ementa:
Principais abordagens teóricas dos processos educativos, destacando princípios e conceitos constitutivos do pensamento educacional contemporâneo. Esboço geral das configurações histórico-epistemológicas da educação, por meio da articulação interdisciplinar entre aspectos sociológicos, psicológicos, antropológicos, históricos e filosóficos da educação escolar e não escolar na contemporaneidade.

Bibliografia Básica: 

ANGELUCCI BIANCHA, Carla; KALMUS, Jaqueline; PAPARELLI, Renata; PATTO SOUZA, Maria Helena. O estado da arte da pesquisa sobre o fracasso escolar (1991-2002): um estudo introdutório. Educação e Pesquisa, vol. 30, núm. 1, jan.-abr. USP, São Paulo, 2004 , pp. 51-72. Link: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=29830104).

GOMES, Candido Alberto. A Escola de Qualidade para Todos: Abrindo as Camadas da Cebola. Link: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=399537940002

GOMES, N.L. O Plano nacional de educação e a diversidade: dilemas, desafios e perspectivas. In: DOURADO, L.F. (Org.). Plano Nacional de Educação (2011-2020): avaliação e perspectivas. 2.ed. Goiânia: UFG, Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

INFINITO E INFINITESIMAL

Componente Infinito e Infinitesimal
Docente: Adriano Silva (Lattes)

Ementa:
O cálculo infinitesimal como uma construção humana e suas aplicações em diversas áreas. Estudo de limites, derivadas e integrais a partir da ampliação da percepção de funções, em uma abordagem pedagógica diferenciada, que inclui a perspectiva sócio-histórica. O cálculo infinitesimal na resolução de problemas concretos.

Bibliografia Básica: 

IEZZI, G. e MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar – Conjuntos e Funções. 3a ed. São Paulo: Atual Editora, 2013. Vol.1.

IEZZI, G. e MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar – Limites, derivadas e noções de integral. 3a ed. São Paulo: Atual Editora, 2013. Vol.8.

ANTON, H.; BIVENS, I. C.; DAVIS, S. L. Cálculo.10a ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. Vol. 1.

LIMA, E. L; CARVALHO, P. C. P.; WAGNER, E.; MORGADO, A. C. A Matemática do Ensino Médio. 9ª edição. Rio de Janeiro: SBM, 2006. Vol. 1.

OFICINA: FUNÇÕES, GEOMETRIA E COMPUTADORES

Componente Oficina: Funções, Geometria e Computadores
Docente: Luana Oliveira Sampaio (Lattes)

Ementa:

Estudo de ferramentas computacionais para o ensino-aprendizagem de matemática na Educação Básica e para a formulação e solução problemas relacionados às funções, limites, derivadas e integrais em diversos campos dos saberes. Benefícios do uso das tecnologias digitais para educação matemática, ciência e inovação. Plano numérico e gráfico de equações. Representação e interpretação
geométrica de funções, limites, continuidades, diferenciação e integração. Taxa de variação. A integral definida. Teorema fundamental do Cálculo. Uso do Geogebra, Desmos, Scilab, Octave, entre outras ferramentas computacionais.


Objetivos Gerais:
Formar educadores para a Educação Básica que compreendam, investiguem e desenvolvam interfaces entre matemática e computação de modo crítico, reflexivo e criativo, fazendo de sua prática docente fonte continuada de pesquisa, voltada ao seu próprio desenvolvimento cidadão e profissional, e ao desenvolvimento regional, nacional e planetário.

Bibliografia Básica: 

HUGHES-HALLETT, DEBORAH. Cálculo Aplicado. 2ª. Ed. LTC. Rio de Janeiro, 2005.

LEITHOLD, Louis. Cálculo com geometria analıtica, Vol. 2. Harbra Ltda., Sao Paulo,, 1994.


Bibliografia Complementar:

PARANHOS, Marcos de Miranda et al. Geometria dinâmica e o cálculo diferencial e integral. 2009.

HOHENWARTER, Markus. GeoGebra 4.4: The graphing calculator for functions, geometry, algebra, calculus, statistics and 3D math, 2013. Disponível em: https://www.geogebra.org/

DESMOS, Amherst. Desmos Graphing Calculator, 2011. Disponível em: https://www.desmos.com/calculator/

ENTERPRISES, Scilab et al. Scilab: Free and Open Source software for numerical computation. Scilab Enterprises, Orsay, France, p. 3, 2012. Disponível em: http://www.scilab.org/

EATON, John W. et al. GNU Octave version 4.0.0 manual: a high-level interactive lang
uage for numerical computations, 2015. Disponível em http://www.gnu.org/software/octave/doc/interpreter 

RACIOCÍNIO COMPUTACIONAL

Componente Raciocínio Computacional
Docente: Robson da Silva Magalhães (Lattes)

Ementa:
Solução de situações-problema e desenvolvimento de projetos utilizando algoritmos e linguagem de programação imperativa estruturada. Conceitos e definições emergirão ao seu tempo de acordo com as situações-problema trabalhadas. Os seguintes tópicos serão estudados. Entrada e saída de dados. Correção e teste de programas. Sistema de numeração binário e representação de valores e caracteres. Variáveis e constantes. Operadores aritméticos, relacionais, lógicos, de atribuição, e expressões. Estruturas de controle: seleção e repetição. Tipos de dados. Estruturas de dados compostas homogêneas: vetores, matrizes e cadeias de caracteres. Funções, modularização e refinamentos sucessivos. Escopo e tempo de vida de variáveis. Variáveis apontadoras e passagem de parâmetros por referência. Noções de estruturas de dados heterogêneas. Noções de arquivos.


Objetivos Gerais:
Ao final do quadrimestre o estudante terá ampliado o seu raciocínio computacional, de modo a enxergar a programação como forma de expressão e solução de situações-problema diversas. Deterá um arcabouço de habilidades e competências necessárias à construção de soluções algorítmicas estruturadas. E, além disso, terá experimentado os desafios e possibilidades da introdução do raciocínio computacional.


Bibliografia Básica: 

DEITEL P., DEITEL H. C: Como programar. 6ª ed.. Editora Pearson, 2011.

DOBAY, E. S. Programação em C. 2012. Disponível em: fig.if.usp.br/~esdobay/c/c.pdf

FARRER, H. et al., Algoritmos Estruturados, 3ª Edição, Guanabara, 1999.

FARRER, H. et al. Pascal Estruturado. 3ª Edição. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

FORBELLONE, A.L.V.; EBERSPÄCHER, H. F., Lógica de Programação - A Construção de Algoritmos e Estruturas de Dados, 3ª Edição Revisada e Ampliada, Makron Books, 2005.

KERNIGHAN, B.W.; RITCHIE, D.M.C: A Linguagem de Programação – Padrão ANSI. Editora Campus, 1989.

LAUREANO, M. Programando em C para Linux, Unix e Windows. RJ: Brasport, 2005. Disponível em: www.mlaureano.org/livro/Programando_C_conta.pdf 

LOPES, A.; GARCIA, G., Introdução a Programação, Editora Campus, 2002.

MANZANO, J.A., OLIVEIRA, J.F., Algoritmos – Lógica para Desenvolvimento de Programação de Computadores, 22ª. Edição, Editora Érica, 2009. 

SCHILDT, H. C Completo e Total. Pearson, 2006.

VILARIM, GILVAN, Algoritmos – Programação para Iniciantes, Editora Ciência Moderna, 2004.