O povo Bora vive nas margens do Igara-Paraná na Amazônia colombiana e peruana. A denominação “Bora” vem de “irapora”, uma designação tupi para os “habitantes do mel”. Conforme a lenda, o rio Cahuinari tinha sido criado pela queda da árvore cósmica, ao longo da qual os grupos diferentes se repartiram. Os Bora, vivendo no alto, vivem perto do ‘topo’ da árvore, tal como as abelhas. Os Bora vivem basicamente da agricultura, caça e pesca, sendo a mandioca a cultura agrícola principal. Considerações geométricas intervêm em várias das suas atividades.
Sabendo da aplicação da geometria em suas atividades, propomos desenvolver um programa que possa calcular o número de fitas necessário para a confecção de mariposas, que estarão representadas e desenhadas em um catalogo, e respectivamente iremos calcular a área a partir dos valores inseridas de a, b e c. o catalogo nos possibilitará a utilização da função matriz, onde após inserir o terno da mariposa, nos retornará a sua localização no catálogo. Posteriormente, tem-se uma condição onde a largura dos anéis definirão o tipo de processamento para obtenção do calculo do número de fitas, caso a quantidade de anéis sejam menor que 2, aplicaremos a formula 2a+4c(b-1), caso contrário, o programa irá solicitar por meio do uso de vetores, a larguras dos anéis e processará o número de fitas a partir da fórmula 2a+4(c1+c2+c3...). Em ambos os casos, após o cálculo do número de fitas usando as respectivas funções, o programa calcula a área das mariposas e finaliza, imprimindo os valores, então o programa é finalizado.
O desenvolvimento do programa utilizando uma geometria presente nas atividades dos índios Bora, tem por objetivo expressar a ecologia dos saberes dita por Boaventura, tendo em vista a utilização de sua geometria em um ambiente computacional, caracterizando a evolução de um conhecimento e a exploração das formas de aquisição do mesmo.
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