quinta-feira, 31 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO É PARA TODOS!


Até o século XX, a educação era vista apenas como um privilégio, só tinha acesso pessoas privilegiadas e as que conseguiam pagar por ela. Nesse tempo, surge um educador que resolveu pensar a educação de uma forma mais democrática, esse homem foi Anísio Teixeira. Ele foi o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no Século XX (NOVA ESCOLA 2008). Entre essas mudanças destaca-se a implantação das escolas públicas de todos os níveis.

A forma que ele pensava foi revolucionaria, se hoje temos escolas públicas, e uma educação democrática, devemos isso a Anísio teixeira. Ele acreditava e defendia a escola pública universal, a defesa da democracia e a defesa da liberdade, como espaço próprio da educação. A contribuição que Anísio teixeira trouxe a educação brasileira, foi de fato a própria “educação”.


“Só existirá democracia no Brasil, no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a escola pública.”

terça-feira, 29 de agosto de 2017

PAULO FREIRE NA UFSB


Paulo Freire foi um dos maiores educadores brasileiros, uma das suas principais ambições era de fazer o aluno ler o mundo para poder transforma-lo. Em sua obra “Pedagogia da autonomia”, Freire defende a ideia de que o aluno deve ter autonomia, competência e capacidade crítica em um contexto de valorização da cultura, ressaltando que formar é muito mais do que simplesmente educar.

A UFSB se aproxima dessa proposta freiriana quando propõe o uso intensivo das pedagogias ativas a partir de um currículo com base nas demandas locais, no perfil do educando e na avaliação por competência (Plano orientador da UFSB, 2014).

Eu como aluno dessa universidade não pude deixar de notar que o modelo da UFSB difere do modelo das universidades tradicionais, mostrando levar a sério as ideias abordadas por Paulo Freire, onde eu me sinto detentor de uma educação libertária, onde os conhecimentos que carrego comigo são enquadrados e valorizados no modelo educacional em que estou inserido. Nesse contexto percebe-se que a educação não é transmitida de um professor para um aluno, mas ela é entendida como oportunidade para a construção coletiva de saberes. Desse modo me torno autônomo dentro da universidade, sendo não só educado, mas formado para ser um cidadão responsável e com uma consciência crítica com poder de transformar o mundo.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A UFSB E O CONHECIMENTO PLURIVERSITÁRIO

De acordo com Boaventura de Souza Santos - 2015, o conhecimento pluriversitário é “um conhecimento transdisciplinar que, pela sua própria contextualização, obriga a um diálogo ou confronto com outros tipos de conhecimento, o que o torna internamente mais heterogêneo e mais adequado a ser produzido em sistemas abertos menos perenes e de organização menos rígida e hierárquica. ”

É de fundamental importância que as universidades pensem dessa forma, pois todo conhecimento tem sua importância e significância, esses conhecimentos que a academia costuma não tratar precisam ser notados e valorizados, pois estamos em uma era onde a universidade é denominada social, e todo conhecimento vindo da “sociedade” precisa ser notado e valorizado.

         A UFSB tem cumprido seu papel nesse aspecto, pois trata de diversos conhecimentos que são considerados pluriversitário dentro do seu domínio, vimos inclusive no CC de Matemática e Espaço um conhecimento cultural indígena do povo Bora, onde eles fazem trançados para confeccionar cestos e a partir desse conhecimento conseguimos desenvolver o que chamamos de etnomatemática. Entre outros exemplos, a UFSB tem mostrado ser uma universidade social que luta contra as injustiças sociais e valoriza o meio social inclusive o conhecimento pluriversitário.


SANTOS, Boaventura de Sousa. Da universidade à pluriversidade: Reflexões sobre o presente e o futuro do ensino superior. Entrevista com Boaventura Santos. Entrevistadores: Manuela Guilherme e Gunther Dietz. Revista Lusófona de Educação, 31, 201-212. 2015.

HISTÓRICO DAS UNIVERSIDADES NO OCIDENTE.

As universidades no mundo ocidental passaram por um processo de transformação de acordo com a era em que elas se estabeleciam. As primeiras universidades foram fundadas na Itália e na França no século XI (SANTOS, Fernando e ALMEIDA FILHO, Naomar - 2012), onde eram abertamente escolásticas, um tipo de universidade que era regida absolutamente pela igreja. Após esse período surge a universidade clássica, que recebe muita influência da escolástica, porém esse novo período que a universidade vive é marcado pelo trivium que se trata da gramatica, retorica e dialética e o quadrivium que é a aritmética, geometria, astronomia e música. Esse novo modelo chega com uma estrutura curricular regida pela teologia e pelo direito que também eram influenciados de certa forma pela religião.

No século XVI, com o declínio do poder papal, a universidade amplia seu papel político de centro de produção de conhecimento e formação de recursos humanos para as ciências e tecnologias (SANTOS, Fernando e ALMEIDA FILHO, Naomar - 2012). É justamente nesse período que a universidade passa a expressar sua vocação, se descobrindo, deixando de ser influenciada pela religião e se descobrindo como formadora e criadora de conhecimentos.
Logo após a universidade entra na era das pesquisas, já em 1810 inspirada na reforma Humboldt a universidade de pesquisa foi consolidada, onde se baseavam na afirmação de que “a base da verdade deverá ser a pesquisa cientifica. ” (SANTOS, Fernando e ALMEIDA FILHO, Naomar - 2012). 
Após tantas transformações a universidade chega em uma era onde ela é considerada Universidade social, ela se define como o fruto das mudanças que ocorre na sociedade, pois seu principal papel é de reparar as injustiças que ocorrem na sociedade, enquanto mantem o seu papel de formar profissionais. 

Acredito que cada período vivido pela universidade foi de grande importância para ela ser o que se tornou. Olhando para essas transformações conseguimos entender qual é o papel da universidade, que como vimos não é satisfazer uma elite ou uma demanda, o papel da universidade é garantir a transferência e desenvolvimento do conhecimento ao tempo em que observa o meio social e busca reparar as injustiças existentes, dessa forma todo universitário que se vincula a uma universidade social compreende que antes de se tornar um profissional ele deve ser um cidadão e se importar com o meio onde está inserido.


SEABRA- SANTOS, Fernando; ALMEIDA FILHO, Naomar. A Quarta Missão da Universidade. Coimbra/Brasília: EduCoimbra/EdUNB, 2012.

UFSB FORMANDO CIDADÃOS.

Uma graduação é de suma importância para se viver atualmente, hoje ela é vista como um diferencial para o mercado de trabalho. Conseguir um emprego por causa da sua graduação é fundamental, porém uma formação universitária vai além de um mercado, ela é uma maneira de pensar o mundo, de repensar conceitos criados e de se entender o meio social em que se vive.

Entendo que temos que entrar em uma universidade com o objetivo de adquirir conhecimentos, mas jamais esquecer que não podemos deixar ser cidadãos, devemos adquirir conhecimento e reconhecer valores sociais que repartimos em nosso dia-a-dia. Precisamos de uma universidade que nos possibilite a aquisição de um conhecimento que nos deixe acessível ao mercado, mas também precisamos de uma universidade que nos faça reconhecer a importância de ser um cidadão.

E   esse papel a Universidade Federal do Sul da Bahia tem feito de forma excelente, nos mostrando não só como sermos excelentes profissionais, mas nos mostrando um caminho onde o “ser cidadão” é mais importante que qualquer conhecimento. De nada valeria ter muito conhecimento em uma área especifica, se não conseguirmos conviver com as diferenças das pessoas que nos cercam. Nesse contexto a UFSB se apresenta como uma universidade social nos mostrando que ser cidadão é reconhecer e respeitar o direito do outro. A UFSB não é uma auxiliadora, ela é um alicerce que merece todos os méritos no processo de formação pessoal e universitária de qualquer discente.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

PAVIMENTAÇÃO

Nessa nossa etapa do CC, trabalhamos o tema pavimentação que é a base horizontal de uma determinada construção que serve de apoio para pessoas, coisas e animais. Em primeiro lugar trabalhamos as formas geométricas regulares, são regulares porque possuem lados e ângulos congruentes. Após a apresentação das formas geométricas, partimos para a prática, onde recortamos algumas formas e organizamos sobre uma superfície branca retangular, como uma espécie de quebra-cabeça que também é conhecida como tangram
A imagem ao lago mostra a atividade feita em sala de aula, onde cada equipe confeccionou as formas regulares compartilharam para ocasionar a diversificação das cores. Trabalhar a matemática dessa forma tem sido uma experiência única, deixando de ser algo apenas teórico e se tornando prático e dinâmico. Como o professor Joel diz: "A matemática é linda."

Após a realização dessa atividade, os trabalhos seguiram, e passamos a estudar as formas geométricas não regulares capazes de fazer uma pavimentação. Com a orientação do professor, conseguimos fazer um pentágono (ele é equilátero, porém não é equiângulo), mas capaz de pavimentar uma região. Esse modelo de ladrilho é semelhante ao observado nas ruas do Cairo, capital do Egito, no continente africano. Com auxilio de régua e compasso, conseguimos confeccionar nosso pentágono, cada estudante fez o seu e por fim pavimentamos parte da sala. A imagem ao lado mostra a forma geométrica feita por mim, e pronta pra se juntar com o restante das peças dos meus colegas.




Depois de muito trabalho conseguimos montar a nossa pavimentação. Veja como ficou:



terça-feira, 15 de agosto de 2017

SEMENTES

Sabendo a importância de uma semente para uma planta, solicitou-se outro trabalho que o acadêmico pusesse em poucas palavras, que outro sentido ele teria sobre a semente (sem ser o sentido botânico). Procurando assim despertar um sentimento não técnico sobre a semente. 


Em primeiro lugar procurei saber a importância da semente e seu conceito técnico, em minha pesquisa encontrei o seguinte conceito:


"Semente é o óvulo maduro e já fecundado das plantas gimnospermas ou angiospermas. É formada por tegumento ou casca (com a testa e o tegma), embrião e endosperma (que o envolve). Sua importância está relacionada às formas mais primitivas de reprodução e dispersão e é atestada pelo sucesso destes dois grupos das plantas em dominar a paisagem. "
Sabendo disso pude fazer uma descrição própria com base nos meus conhecimentos e senso comum. ficou assim:


A palavra semente significa aquilo que, com o tempo, há de produzir certos efeitos; causa, germe, origem. A semente passou a ser analisada pelo homem e notou que se plantada nas condições adequadas da origem a uma planta igual a que a formou. De uma forma mais filosófica a semente representa o fim de uma geração e o início de uma nova. Ela é a pedra fundamental da civilização, e com o passar do tempo a palavra semente passou a ser vista de varias formas, para o cristão como a palavra de Deus, para a mãe um filho, para a botânica é o óvulo maduro das plantas.



AS FOLHAS

Como atividade foi pedido que os acadêmicos saíssem da sala e pegassem qualquer amostra de folha (incluindo uma parte do respectivo caule) e trouxessem para a sala. Foi dado um tempo de 45 minutos para que eles fizessem uma descrição detalhada sobre a folha (tudo o que eles encontrassem que pudessem escrever), amparados ainda por fotos tiradas de seus celulares. Terminado o tempo, foi apresentada uma aula sobre folhas, sua anatomia, suas características e, após esta aula, foi pedido que fosse enviado, via portal, um arquivo digital que contivesse a descrição realizada em sala (com minha rubrica), umas fotos e o texto mais técnico baseado na aula apresentada. 

Como solicitado, foi feito. segue minha atividade sobre as folhas:

DESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RAMO:

Galho fino, contendo uma única folha e diversas flores ainda fechadas. Todo o caule e folha são verdes, e as flores fechadas tem um tom roxo. A textura do caule é lisa, e a folha se encontra distante das flores, e parece contornar o caule.

DESCRIÇÃO TÉCNICA DO RAMO:


A folha apresentada é determinada como incompleta pois não possui pecíolo. Nesse caso é denominada folha amplexicaule. Quanto a forma do limbo, ela é lanceolada. Quanto ao formato pode ser vista como falciforme ou perfoliada.





A CARTA DE 2070

ANÁLISE DA CARTA E POSSÍVEL SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA

O Vídeo sobre o problema da água apresentado em sala é uma forma de alertar a humanidade sobre a importância da água e o cuidado que temos que ter com ela. Apesar de ser algo fictício é uma ideia bem estruturada que conscientiza quem quer que assista. Porém o vídeo relata o fato de faltar água até para tomar banho, o que dá a entender que a água está se extinguindo, o que não seria possível.

Primeiro pelo fato do nosso planeta ser composto por aproximadamente 70% de água, apesar da maior parte dela ser impropria para consumo, nesse caso serviria para banho e outras utilidades. Em segundo lugar a água não sai do nosso planeta, isso quer dizer que a quantidade de água que existia desde a criação é a mesma [Departamento de Ciências do Ambiente da PUC-SP]. O que difere nesse caso é a qualidade da água. A cada dia que passa se perde a qualidade devido a poluição, talvez esse seja o principal motivo da inspiração da carta.

A carta nos traz um alerta em que devemos se conscientizar e resolver esse problema, contar com as autoridades não seria uma opção, pois não estão totalmente envolvidos com esse propósito. Logo a solução seria continuar de forma mais “abusiva” as campanhas para reciclagem da água, trabalhos que envolvam limpezas de rios lagos, barragens entre outros. Projeto esse que deveria ser iniciado pelas escolas e universidades de modo geral. Seria de fato uma iniciativa que com certeza abriria um leque para novas ideias e socorreria o nosso planeta que já pede socorro.

ATIVIDADE TEXTUAL: TERRA

Para essa atividade, foi solicitado imaginar uma "terra" a qual eu gostaria de ir, e depois tentar descrever o tipo de solo do local escolhido.



Eu escolhi a terra da minha própria casa.


Pelo fato de saber o esforço dos meus pais para conquistar, e por representar minhas raízes. É o lugar que me motiva a conquistar o meu próprio espaço de forma honesta e com o esforço do meu trabalho. 

Descrição própria:
É um solo húmido, grudento, com grama.

Descrição técnica:
É o horizonte O, camada orgânica do solo, possui uma quantidade de argila.

Comparação:
A característica do solo descrita anteriormente não foi errada, porém não foi técnica. Após a pesquisa percebi a sua forma técnica de descrição.


RESUMO: O QUE É EDUCAÇÃO - CARLOS RODRIGUES BRANDÃO

1. EDUCAÇÃO? EDUCAÇÕES: APRENDER COM O ÍNDIO


A educação se encontra em diversos lugares, e de alguma forma sempre nos envolvemos com a educação em fases da nossa vida, e a cada dia que passa misturamos a vida com a educação. Se a educação está de certa forma misturada com o nosso estilo de vida, logo não existe uma forma única e nem um único modelo de educação, ela existe em cada povo e em cada cultura, a educação acontece em diversos ambientes e não só no ambiente escolar.
A educação é livre, e existe entre os povos pode se expressar como saber, ideia, crença, trabalho ou como vida. É de fato uma fração dos estilos de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, com o a finalidade de transformar sujeitos e mundos em coisas melhores de acordo com o que se vê nos outros, pois ela existe no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos sociais. Por outro lado, a mesma educação que é vista dessa maneira, na prática, ela pode fazer o contrário do que pensa que faz, ao invés de ensinar, deseducar.

2. QUANDO A ESCOLA É A ALDEIA


Nos locais onde ainda não foi criada algum modelo de ensino formal e centralizado, a educação já existe. Tomando por exemplos os animas que aprendem de dentro para fora usando seus instintos, e acrescenta maneiras de aprender de fora para dentro, com o seu convívio e observação de seu mundo, passando a repetir várias vezes o comportamento da sua espécie por conta própria. Na espécie humana a educação ela vai além de só continuar o trabalho da vida, ela se instala dentro de um domínio de trocas de símbolos, intenções, cultura e de relação de poder. É possível perceber que a educação existe sob várias formas, e de maneiras diferentes parecendo as vezes invisível.
Tudo que se sabe nas tribos, é fruto de convivência e experiências vividas, como é o caso das suas crianças que vê, entende, imita e aprende com a sabedoria que existe na experiência. Dessa forma tudo que é importante para a comunidade que expressa algum tipo de saber, subtende-se que precisa de uma forma de ensinar, porém esse processo de aprender e ensinar tem recebido vários nomes, um deles é a endoculturação que se trata do processo de aquisição pessoal de saber, crença e hábito de uma cultura. Logo a experiência endoculturativa é uma fração da educação.

3. ENTÃO, SURGE A ESCOLA


As sociedades primitivas passaram a dividir o trabalho e o poder, dando origem a hierarquia social, do mesmo modo o saber comum da tribo também se divide, dessa forma se origina uma diferença que contradiz o saber interior afirmado pela comunidade. Então outras categorias de especialidades sociais começam a se formar, como a do saber e a do ensinar a saber, nesse ponto a educação começa a se transformar em ensino, onde surge a pedagogia, a aldeia se reduz a uma simples escola e todos passam a ser visto como educadores.
É possível perceber essa divisão do saber mesmo em sociedades simples, onde alguns aprendem a serem homens, outros a serem mulheres, outros ainda a serem chefes, feiticeiros, artistas, professores e até mesmo escravos. Essa forma de aprendizagem pode ser em um curto período de tempo ou em períodos mais longos, o que se aproxima dos modelos de agências e procedimentos de ensino que temos na cabeça quando pensamos em educação. Porém mesmo com essas mudanças, as formas livre, familiares e comunitárias da educação não podem ser abandonadas.
Até então o espaço educacional mencionado não é o escolar, é simplesmente o lugar de vida e do trabalho, onde pessoas se reúnem. Todavia do mesmo modo que acontece com todas as outras práticas sociais, sobre as quais um dia surgiu um interesse político, a educação aos poucos vai entrando nesse viés e se moldando nesse cenário, perdendo assim sua liberdade e se
limitando em uma escola, virando cativa dos educadores, se tornando uma invenção recente na história de cada um.

4. PEDAGOGOS, MESTRES-ESCOLA E SOFISTAS


Surge nesse contexto os Gregos, que afirmam não existir obra de arte mais perfeita, do que um homem educado. A educação da Grécia caminhava de acordo com a estrutura social de oposição que diferenciava os livres e escravos, os nobres e plebeus, os meninos da elite guerreira e mais tarde da elite togada a qual a educação foi dirigida mesmo sem a existência de escolas. O tempo foi passando e a educação foi sofrendo suas modificações, no século VI a.C., em Atenas, a educação passa por mais uma transformação, servindo agora somente aos cidadãos nobres. Somente quando a democratização da cultura coloca a necessidade da democratização do saber, a educação passa a ser acessada por qualquer menino livre.
Após esse passo abrem-se escolas de primeiras letras, onde o seu estudo é incorporado à educação dos meninos nobres, o que dá origem as escolas de bairro, e nesse ponto surgem os pedagogos onde vimos de um lado o mestre-escola, e artesão-professores, e por outro lado, escravos pedagogos e educadores nobres, de um lado vemos pessoas sendo educadas para o trabalho, e por outro lado vemos pessoas sendo educadas para a vida e o poder que determina a vida social. Esses pedagogos escravos conviviam mais com as crianças do que os próprios pais, educando-os nos preceitos e crenças da cultura da polis.
Agora conseguimos ver a educação com um ideal de reproduzir uma ordem idealmente concebida como perfeita e necessária, que se dá pela transmissão hereditária, das crenças, valores e habilidades que tornavam os homens mais preparados para viver a cidade a que servia. O tempo avança e surge os sofistas que democratizam o ensino superior, tornando-o remunerado, dessa forma só quem podia pagar, poderia ter acesso ao nível de educação proposto. Os sofistas transformam a educação, desvalorizando a busca da verdade e priorizando a qualidade da retórica. Depois disso a educação passa a ser questão do estado, se tornando em fim pública, se tornando o que o autor descreve muito bem: “A educação do homem existe por toda parte e, muito mais do que a escola, é o resultado da ação de todo o meio sociocultural sobre os seus participantes. É o exercício de viver e conviver o que educa. ”

5. A EDUCAÇÃO QUE ROMA FEZ, E O QUE ELA ENSINA


Roma tinha uma filosofia de vida onde o trabalho era entre todos e o saber pertencia a todos, até mesmo os primeiros reis de Roma tinham que ser lavradores da terra. Diferentemente da Grécia, as crianças romanas começam a aprender em sua própria casa com os mais velhos, vivendo uma vida tradicional de camponês, simples e austero, preservando os valores dos seus antepassados. Acreditava que a educação domestica despertava uma consciência moral, fazendo-os crescer como homens capazes de renunciar a si mesmo e viver completamente para a sua comunidade, tendo como seus primeiros educadores os seus próprios pais. Nesse contexto é a família que tem o papel de prolongar o poder de socializar o cidadão através dela.
Saindo do contexto da educação no lar, do lado de fora é observado duas vertentes, uma chamada de oficina de trabalho, para onde eram direcionados os filhos dos escravos, servos e artesões, e o outro lado tínhamos a escola livresca onde recebia os senhores, mediadores e burocratas.
Com o passar do tempo a educação deixa de formar apenas trabalhadores e começa a preparar os guerreiros, funcionários e dirigentes do império romano. Porém o estado romano não toma a seu cargo a tarefa de educar. Somente depois da chegada do cristianismo é que surge por todo o império, a escola pública, que era mantida pelos cofres municipais. A educação escolar vista em Roma, é uma cópia não fiel do modelo dos gregos, que se espalhou por diversas partes do mundo.

6. EDUCAÇÃO: ISTO E AQUILO, E O CONTRÁRIO DE TUDO


A educação começa a ser definida no Brasil, evidenciando o que ela de fato é, e para que serve, obviamente os legisladores, pelo menos teoricamente, vão garantir para toda a nação o que há de melhor a seu respeito, mostrando uma educação idealizada ou a educação através de uma ideologia. Porém do outro lado onde estão os educadores e estudantes, é visto todos dias críticas quanto a prática da educação no país que difere da teoria, a educação nega no cotidiano o que afirma na lei.
Sabemos que no Brasil não há igualdade, e infelizmente a educação acaba se apoiado nessa estrutura classista, resultando em uma educação que não possui os nossos valores culturais. Porém se existe essa diferença entre o que é pensado e o que vivido, também vai haver protestos e cobranças para que seja cumprida no mínimo o que está previsto na lei, a educação deve ser livre e para todos de forma igualitária. Mas sabemos que existe interesses não só econômicos, mas também políticos que se estabelecem sobre a educação. São muitas desavenças, inclusive entre os próprios educadores que compreendem de forma diferente o que vem a ser de fato o ato de ensinar, o que determina e a quem ele serve.

7. PESSOAS “VERSUS” SOCIEDADE: UM DILEMA QUE OCULTA OUTROS


Sempre vai existir uma discursão quando se tenta explicar educação, ensino e escola, anteriormente considerada importante, hoje essa discussão é inútil, a não ser no caso de pensar a educação de uma maneira especifica. Para alguns filósofos a educação vem como um meio de desenvolvimento do potencial do homem, e que está se aperfeiçoando a cada dia através de suas práticas interativas, coletivas que é justamente explicado pela filosofia da educação, e é justamente dessa coletividade que se precisa para poder obter da educação tudo que é preciso para um desenvolvimento individual. Então surge alguns estudiosos que afirmam que o homem educado não se dá de forma individual, é necessário, uma civilização, um meio social para que ele apareça. Porém nem todos conseguem enxergar a educação com esses olhos.
Na visão dos elitizados separados do trabalho produtivo, entende-se a educação como agente transformador da personalidade humana, que se dá através do conselho sistemático e da direção espiritual. Essa crítica procura separar o que de fato é a educação, e o que as pessoas dizem sobre ela. De toda forma ela deve servir ao homem, o tornado melhor, mais educado e fazer com que se desenvolva nele tudo o que tem e que lhe é necessário.
Se observamos essa discursão, notaremos que essa descoberta não surge com os filósofos ou cientistas sociais de hoje, ela vem desde os povos primitivos e de maneira natural. Os índios e os camponeses por exemplo, eles ensinam o que é importante, e tem consciência de que o saber se transmite de um ao outro e que serve para todos. No contexto atual, a educação serve a alguns homens individualmente, segundo Wemer Jaeger, esse pensamento se dá devido ao esquecimento de que a educação é uma prática social.
Vimos anteriormente os exemplos de educação em lugares diferentes. Primeiro a grega, depois a romana, são lugares distintos, porém ambas se preocupavam em formar cidadãos, era de fato uma educação da e para a sociedade. A educação começa a representar algo, e surge nesse universo de ideias puras, com o propósito de purificar o educando do mal da ignorância do saber. Mas adiante vimos o francês Émile Durkheim definir a educação como uma pratica social cuja origem e destino são a sociedade e a cultura, ele revive um assunto que ao poucos foi recolocado na Europa de seu tempo.
É impossível pensar uma educação que não parte da vida real, nem do homem como ele é, e pior ainda pretender que ela trabalhe o corpo e a inteligência de sujeitos soltos, fora de seu contexto social. O que é possível e existe são as exigências sociais de formação de pessoas na sociedade, cada uma em sua cultura, em cada momento de sua história. A educação é inevitavelmente uma pratica social que, por meio das descobertas de tipos de saber, reproduz tipos de sujeitos sociais.

8. SOCIEDADE CONTRA ESTADO: CLASSE E EDUCAÇÃO


Temos agora uma definição de educação, onde podemos dizer que se trata de uma prática social, que visa o desenvolvimento do que pode ser aprendido em cada pessoa de acordo com as necessidades da sociedade onde está inserido. Ela é de fato o resultado da consciência viva duma norma que rege uma comunidade humana.
Uma transformação na forma de conviver, de se organizar socialmente, de se colocar em posições diferentes na sociedade, ocasiona uma modificação na educação. Vivemos nesse modelo social e sabemos que as escolas que tem o papel de educar, não servem ao operário da mesma forma que servem ao engenheiro. Hoje temos a educação como um dos principais meios de transformação social, pois para um mundo que se diz em transformação a educação acaba se tornando um dos recursos de adaptação, e muitos pensam dessa forma. É uma forma diferente de ser a educação, principalmente para os gregos e romanos, ou portugueses e missionários que tentaram educas nossos antepassados durante a colônia.
Quando essas mudanças ocorrem, e as pessoas procuram usar a educação para a adaptação, ela acaba mudando sua proposta, passa a ser uma educação que tem o objetivo de preparar a criança para uma civilização em mudanças, ou melhor ainda podemos dizer que “o rumo e a velocidade das transformações do mundo moderno exigem cada vez mais, de todos os homens, uma constante reciclagem de conhecimentos e uma contínua readaptação a um mundo que, afinal, ainda é sempre o mesmo e já é sempre um outro. ” Logo não é estranho imaginar uma educação que esteja pronta para realizar mudanças na sociedade.
Quando a educação é vista como agente de transformação de estruturas políticas, econômicas ou culturais, sem mesmo se lembrar que a própria é determinada por essa estrutura, nos deparamos com uma utopia pedagógica. Essa visão de educação não é uma novidade, desde as primeiras décadas do século, a educação é associada a mudança. Somente quando os políticos e cientistas começaram a denominar a mudança como um desenvolvimento, percebeu-se que a educação deveria se associar a esse conceito. Antes disso a educação era um direito da pessoa ou como uma exigência da sociedade, mas nunca como um investimento.
A política quando mistura seus interesses com a educação, acaba conceituando-a como investimento, mão-de-obra, preparação para o trabalho entre outros. Nessa sociedade capitalista a educação acabou se transformando em uma estratégia de reorganização de toda a vida social de acordo com os interesses políticos, com a função de gerar multiplicação dos ganhos empresariais. Estamos dentro de uma ordem social regida pelo sistema complexo de produção capitalista, o que parece ser inacreditável faz parte da lógica do modo como a educação existe na sociedade desigual.

9. A ESPERANÇA NA EDUCAÇÃO


A educação tem a vantagem de sobrevier aos sistemas, se em um momento ela serve como reprodutora de desigualdade, em outro ela seve como a criação da igualdade entre os homens. Paulo Freire junto com seus companheiros do Instituto de Desenvolvimento e Ação Cultural, usam a expressão: “Reinventar a educação”, partindo do pressuposto que para se crer na educação é preciso primeiro dessacralizar-la, pois ela existe em toda parte e entre opostos, mas assim como a vida é maior que a forma, a educação é maior que o controle formal que a sobrepuseram.
A esperança da educação consiste em se despertar da ilusão de que todos os seus avanços dependem apenas do desenvolvimento tecnológico, e acreditar que o ato humano de educar existe tanto no trabalho pedagógico que é ensinado na escola, quanto no ato político que luta nas ruas por um outro tipo de escola, para um outro tipo de mundo.

Resumo elaborado a partir de:
BRANDÃO, Carlos Rodrigues – O que é Educação.

SÍNTENSE SOBRE OS QUATRO MITOS - MARCOS BAGNO

Mito 01: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”


Os textos lidos relatam quatro mitos que fazem parte da língua portuguesa. O primeiro deles é o mais sério de todos pois se trata da unicidade da língua portuguesa, o que não pode ser dito como uma verdade. Cada região ou cada cultura tem sua forma de falar o português, e não aceitar ou reconhecer a maneira cultural que difere do formato apresentado pelas escolas, é um preconceito que precisa ser combatido, pois cada um se expressa de acordo com o meio em que vive. Logo podemos afirmar que a diversificação linguística existe e é caracterizada por diversos fatores que influenciam cada região, é uma realidade no Brasil. Essa diversificação linguística existe não só por causa da grande expansão territorial do país, mas também por causa da injustiça social.
O preconceito surge quando determinam apenas uma unidade linguística, a tendo como padrão, porém se o português existe apenas em um formato padrão, teríamos milhões de brasileiros que seriam caracterizados como sem-língua, justamente por falta do acesso ao padrão linguístico. O que se tem como língua padrão ou português formal é entendido por poucos no Brasil, se tornando para muitos como uma língua estrangeira. A unicidade linguística é de fato um mito e precisa ser abandonado para que a diversificação linguística ganhe espaço no nosso país, dessa forma a população amplamente marginalizada dos falantes das variedades não-padrão ganhe espaço e possam falar e compreender a língua.

Mito 02: “Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português”


O segundo mito abordado no texto é que o português exato só é falado em Portugal. Essa afirmação que aqui é entendida como mito, nos faz parecer inferiores, refletindo um sentimento de dependência de um pais mais civilizado.
Dizer que somente em Portugal se fala o português correto, é não entender a adaptação da língua nos contextos culturais, e infelizmente é o que ocorre inclusive no ensino da gramática nas escolas tradicionais e através de muitos intelectuais renomados que trata a diversificação linguística como uma corrupção do português que é falado no Brasil.

Mito 03: “Português é muito difícil”


O terceiro mito é entendido como a dificuldade do português. Sempre vimos o ensino do português como as escolas nos impôs, baseada na norma gramatical de Portugal, o problema é que as regras que se aprende na escola, não corresponde com a língua que realmente se fala e se escreve no Brasil. Percebe-se uma quantidade significativa de gente afirmando que o português é difícil, logo nota-se que o uso do português usado no Brasil não é levado em conta. O autor afirma que sustentar essa afirmação de que o português é difícil é o mesmo que cavar uma profunda trincheira entre os poucos que “sabem a língua” e a massa enorme de “asnos”.

Mito 04: “As pessoas sem instrução falam tudo errado”

O autor classifica como quarto mito a afirmação que diz que a falta de instrução resulta em falas erradas. Marcos Bagno afirma que o preconceito linguista se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa. Logo na visão preconceituosa é tratado como atraso mental o mau uso do português, como por exemplo a transformação de L em R nos encontros consonantais. Dessa forma as pessoas que utilizam palavras como Craudia, praca, pranta são marginalizadas, tendo sua forma de falar entendida como carente, pobre e feia, sendo que na verdade é uma forma de linguagem que apenas difere da que é imposta pelas escolas. O autor finaliza dizendo que se existe preconceito linguístico é porque antes existe um preconceito social.

Referência:
Texto encontrado em: BAGNO, Marcos – Preconceito Linguístico o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999 (p. 15 a 40)

MARIPOSAS: TERCEIRA ATIVIDADE

CÁLCULO DO NÚMERO DE FITAS


Depois de construir algumas mariposas, notamos que seria mais fácil essa construção, se fosse possível saber o tanto de fitas que utilizaríamos para a construção da mariposa desejada. Como saber quantas fitas são utilizadas na construção de uma determinada mariposa?

  • PARA ANÉIS CONCÊTRINCOS DE LARGURAS IGUAIS USAMOS:

NF= 2a + 4c (b-1)


  • PARA ANÉIS CONCÊTRINCOS DE LARGURAS DIFERENTES USAMOS:
NF= 2a + 4 (c1+c2+...+cn)




CÁLCULO DO NÚMERO DE ÁREA


Para podermos calcular a área de uma mariposa, utilizaremos como unidade de medida o quadradinho de referência do papel quadriculado. 

Considerando "d" como o número de quadradinhos que forma a diagonal da mariposa, então podemos expressar a sua área com a seguinte fórmula:


A (mariposa) = d² + 1
                      2



Como "d" é igual a metade do número de fitas (NF) utilizado na construção, podemos encontrar a área da mariposa também em função de NF. Ou seja: 


A (mariposa) = (nf)² + 4
                        8


Já sabemos que, no caso de anéis concêntricos de mesma largura, temos: NF (a,b,c ) = 2a + 4c (b-1). Então, fazendo uma substituição na fórmula anterior, podemos encontrar a área de uma mariposa (a,b,c) em função somente das coordenadas a, b, c. Dessa forma temos:


𝐴 (𝑎, 𝑏, 𝑐) = [𝑎 + 2𝑐 (𝑏 − 1) ]² + 1
                      2


Sabendo disso, desenhamos algumas mariposas e com as fórmulas apresentadas, calculamos o número de fitas e área de cada uma delas. Buscando simplificar o entendimento, elas ainda foram divididas em duas partes e seus quadradinhos organizados em dois quadrados, aproximando-se do teorema de Pitágoras. Veja as imagens abaixo: 


















segunda-feira, 14 de agosto de 2017

SEGUNDA MARIPOSA

Depois de passar pela experiência de fazer uma mariposa, surgiu a oportunidade de confeccionarmos uma segunda mariposa, dessa em vez em trio. Para fazer essa segunda mariposa obtive ajuda de dois dos meus colegas de sala, Erivelton Campos e Albericio de Jesus. Para a confecção utilizamos 38 fitas (19 fitas pretas e 19 fitas azuis), com 3cm de espessura. fizemos a mariposa (1,4,3).



MINHA PRIMEIRA MARIPOSA

O POVO BORA

O povo Bora vive nas margens do alto Cahuinari e do Igara-Paraná na Amazónia colombiana e peruana (cf. os mapas em Queixalós e Renault-Lescure, 2000). A denominação “Bora” vem de “irapora”, uma designação tupi para os “habitantes do mel”. Conforme a lenda, o rio Cahuinari tinha sido criado pela queda da árvore cósmica, ao longo da qual os grupos diferentes se repartiram. Os Bora, vivendo no alto, vivem perto do ‘topo’ da árvore, tal como as abelhas.

Espalhados pela floresta densa, os Bora costumavam viver em pequenas comunidades autónomas de 50 a 200 pessoas (Forde, p. 143). Os Bora vivem basicamente da agricultura, caça e pesca, sendo a mandioca a cultura agrícola principal. Considerações geométricas intervêm em várias das suas atividades.

Com base nas atividades exercidas pelo povo Bora, conseguimos trabalhar a matemática por trás de cada obra realizada por eles, daí surgiu as nossas "mariposas". Em sala de aula com a orientação do professor Joel Felipe do componente curricular matemática e espaço, fiz a minha primeira mariposa com cartolina. Para a sua confecção foram utilizadas 18 fitas de cartolina (9 fitas pretas e 9 fitas amarelas), com espessura de 3cm cada. Ela se chama: MARIPOSA 1,3,2.



CAMPO DA EDUCAÇÃO: SABERES E PRÁTICAS


Componente Curricular: Campo da educação: saberes e práticas
Docente: Gilmara dos Santos Oliveira (Lattes)




Ementa:
Cenários da educação no Brasil, Bahia e Região Nordeste; Especificidades do trabalho docente e da constituição dos saberes profissionais docentes; Educação popular e emancipatória.

EXPERIÊNCIA DO SENSÍVEL


Componente Curricular: Experiência do sensível
Docente: Fernando Mauro Pereira Soares (Lattes)


Ementa:
Discussão, análise, comparação, e construção de experiências sensíveis destinadas a provocar e instigar a curiosidade e a construção de saberes de maneira interdisciplinar.

A relação com o território é o tema que perpassa as experiências do sensível e potencializa as subjetividades.


MATEMÁTICA E ESPAÇO

Componente Curricular: Matemática e espaço
Docente: Joel Pereira Felipe (Lattes)



Ementa:
Fazeres e saberes oriundos de diferentes contextos histórico-culturais. Etnomatemática. Trançados amazônicos do povo indígena Bora. Cálculo de área. Simetria. Geometria Sona de Angola. Ângulos. Máximo Divisor Comum. Relações entre matemática e arte. Pavimentação e mosaicos. Polígonos regulares. Soma dos ângulos internos de um polígono regular. Medida do ângulo interno de um polígono regular. Obras e técnicas de Maurits Cornelis Escher. Fractais. Geometria das Transformações. Reflexão, translação e rotação. Dilação. Congruência e Semelhança.


Objetivo(s) Geral(is):
Contribuir para a formação geral do estudante por meio de uma abordagem que fomente a matemática como construto humano desenvolvido em distintas realidades socioculturais e em estreita relação com a arte.


Objetivos Específicos:
- Sensibilizar o estudante para a intrínseca relação existente entre conhecimento e seu contexto de produção;

- Explorar na construção dos saberes matemáticos, em uma aproximação ao universo artístico, a perspectiva da diversidade.


- Despertar no estudante, interesse para aspectos de cunho inter e transdisciplinar em que o conhecimento matemático se faz presente;


- Visitar novos contextos, mobilizando as formas geométricas, colorindo-as, movimentando-as, ampliando a visão de espaço comumente alimentada por modos tradicionais de se conceber a matemática;


- Motivar o estudante a exprimir-se matematicamente por meio da cultura e da arte;


- Construir a autonomia e o protagonismo do estudante como sujeito que deseja aprender matemática, e não ser objeto dela;


- Promover uma mostra artístico-cultural que possa fomentar competências de natureza matemática, artística e organizacional nos estudantes, protagonistas do evento.



Bibliografia Básica:
GERDES, Paulus. Geometria e Cestaria dos Bora na Amazônia Peruana. Morrisville, NC: Lulu Enterprises, 2013.

GERDES, Paulus. Geometria Sona de Angola: matemática duma tradição africana. Morrisville, NC: Lulu Enterprises, 2008.

PINHO, José L. R.; BATISTA, Eliezer; CARVALHO, Neri T. B. Geometria I. Florianópolis: EAD/UFSC/CED/CFM, 2010.


Bibliografia Complementar:
ALVES, Sérgio; DALCIN, Mário. Mosaicos do Plano. Revista do Professor de Matemática, Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática, nº 40, 1999, p. 3-12.

BARBOSA, Ruy Madsen. Descobrindo a Geometria Fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

ESCHER, Maurits C. Gravura e Desenhos. Singapura: Paisagem, 2006.

FERREIRA, Rogério. Trançados Amazônicos. Revista Carta Fundamental, São Paulo: Confiança, n. 63, 2014, p. 40-43.

FERREIRA, Rogério. Areia Ancestral. Revista Carta Fundamental, São Paulo: Confiança, n. 68, 2015, p. 24-27.

FILHO, Dirceu Zaleski. Matemática e Arte. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

OLIVEIRA, Augusto J. F. Transformações geométricas. Lisboa: Universidade Aberta, 1997.

SAMPAIO, Patrícia. A Matemática através da arte de M. C. Escher. Millenium, 42, 2012, p. 49-58.

VELOSO, Eduardo. Simetria e Transformações Geométricas. Lisboa: APM, 2012.











UNIVERSIDADE E SOCIEDADE


Componente Curricular: Universidade e Sociedade
Docente: Regina Soares de Oliveira (Lattes)




Ementa:
O componente curricular busca propiciar a reflexão sobre a estrutura e desenvolvimento histórico das Universidades no mundo ocidental e no Brasil, em seus vínculos com o Estado, com as sociedades, a cultura e os indivíduos, com destaque às formas de organização do trabalho pedagógico e a posição dos sujeitos educandos na formação social da universidade e da sociedade, problematizando a relação público-privado na educação brasileira e seus impactos no atual quadro do ensino superior no Brasil, debatendo suas consequências para a região Nordeste e para a Bahia, especificamente. Busca também compreender o pensamento de Paulo Freire e Anísio Teixeira na constituição de um novo modelo de universidade brasileira, assim como analisar e compreender o modelo pedagógico da UFSB e os eixos norteadores de sua constituição.

Objetivo(s) Geral(is):
● Possibilitar aos estudantes refletir sobre suas histórias de vida enquanto sujeitos, sua origem, posição de classe
e inserção na universidade e na sociedade;
● Discutir o papel da universidade e suas contribuições às sociedades, às comunidades e à educação brasileira;
● Compreender o processo de formação na universidade no Brasil e no mundo, situando a UFSB neste contexto.

Objetivos Específicos (por módulos):
I) Unidade 1: Problematização sobre os sujeitos e suas ações.
● Compreender quais os caminhos os estudantes percorreram até sua chegada ao ensino superior;
● Aproximar os sujeitos por meio da escuta de suas histórias;
● Debater as regras de conduta presentes no cotidiano universitário e quais valores embasam essas regras;
● Afiliar o estudante a turma, ao docente, ao modelo universitário;
● Conseguir perceber os indivíduos por meio de suas crenças, histórias e valores;
● Pensar o estudante como sujeito político.

II) Unidade 2: A Universidade no contexto brasileiro e mundial
● Compreender o papel da Universidade na história das sociedades ocidentais;
● Analisar o surgimento do ensino superior no Brasil;
● Verificar como o ensino superior serviu de elemento de separação entre classes e os grupos sociais;
● Compreender e debater alguns teóricos que embasam a criação da UFSB;
● Problematizar o impacto do modelo e da instalação da UFSB na região sul baiana e suas possibilidades de atuação.

III) Unidade 3: Aproximações entre a Universidade e comunidade
● Pesquisar e analisar os índices da Educação Básica e Superior no sul da Bahia;
● Conhecer as principais dificuldades de acesso ao ensino superior;
● Levantar alguns problemas locais onde a universidade poderia intervir;
● Aproximar os estudantes da UFSB de espaços comunitários

Bibliografia Básica:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. Disponível em:
http://forumeja.org.br/files/Autonomia.pdf. Acesso em 07.jul.2017

Plano Orientador da UFSB. Disponível em: http://ufsb.edu.br/plano-orientador/. Acesso em 05.maio.2016

SANTOS, Boaventura de Sousa; ALMEIDA-FILHO, Naomar. A Universidade no Século XXI - Para uma Universidade Nova. Coimbra: Almedina, 2008. Disponível em: https://ape.unesp.br/pdi/execucao/artigos/universidade/AUniversidadenoSeculoXXI.pdf. Acesso em 08.jul.2017

SANTOS, Boaventura de Sousa. Da universidade à pluriversidade: Reflexões sobre o presente e o futuro do ensino superior. Entrevista com Boaventura Santos. Entrevistadores:
Manuela Guilherme e Gunther Dietz.   Revista Lusófona de Educação, 31, 201-212. 2015. Disponível em: http://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/article/viewFile/5388/3408. Acesso em 07.jul.2017.

SEABRA- SANTOS, Fernando; ALMEIDA FILHO, Naomar. A Quarta Missão da Universidade. Coimbra/Brasília: EduCoimbra/EdUNB, 2012.

TEIXEIRA, Anísio. Uma perspectiva da educação superior no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.50, n.111, jul./set. 1968. p.21-82. Disponível em: www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/perspectiva.html. Acesso em 08.jul.2017

Filmes:
Boca de Lixo. Direção: Eduardo Coutinho. Produção Centro de Criação de Imagem Popular. Roteiro: Eduardo Coutinho. Rio de janeiro: 1993 (50 min.) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oZcTlC757mM. Acesso em 08.jul.2017.

Educadores brasileiros. Anísio Teixeira: educação não é privilégio
. Direção: Monica Simões / 2007 - 44m20s. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ls-FoXhfM_Y. Acesso em 07.jul.2017

Ilha das Flores
. Direção: Jorge Furtado. Produção: Casa de Cinema POA. Roteiro: Jorge Furtado. Porto Alegre: 1989 (12min.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=e7sD6mdXUyg. Acesso em 14. abril. 2015

Jardim Gramacho
: https://www.youtube.com/watch?v=xJyPaFO5xIo. Acesso em 13. abril. 2015 Maio de 68 - Documentário da TV Cultura (47 min). Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=bWI8_-Vf4cY. Acesso 06. junho. 2016

Paulo Freire Contemporâneo
. Dir: Toni Venturi São Paulo, 2006 (57min.). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5y9KMq6G8l8. Acesso em 07.julho.2017

Roda de Conversa: A relação entre Universidade e Educação Popular. Fórum da Educação Popular.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MnMoE-Vfcvw. Acesso em 07.jul.2017

TV Folha - "Livros Abertos - Escolas Ocupadas" (10 min). Disponível em: https://vimeo.com/147556009. Acesso 06. junho. 2016

Bibliografia Complementar:
ALICE INTERVIEW. Boaventura de Souza Santos e Naomar de Almeida Filho. Interview 28. Porto Alegre, 2016. Disponível em: ttps://mail.google.com/mail/u/0/#search/nao /15443e7675f77318?projector=1. Acesso em 26. abril. 2016

COLEÇÃO EDUCADORES. Produção: Atta Mídia e Educação/Instituto Paulo Freire. São Paulo, 2006 (57min.). Disponível em: http://acervo.paulofreire.org/xmlui/handle/7891/885

COULON, Alain. A Condição de Estudante. Salvador: EDUFBA, 2007.

DEMO, Pedro. Saber pensar. 7. ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2011.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed., São Paulo: Cortez; Brasília-DF: UNESCO, 2011.

NATAL, Camila; DALPIAN, Gustavo; CAPELLE, Klaus; SILVA, Rosana; SILVA, Sidney (Org.). UFABC 5 Anos: um novo projeto universitário para o Brasil. Santo André: Universidade Federal do ABC, 2011.

RESENDE, Otto Lara. Vista Cansada In: Folha de São Paulo. 23/02/1992. Disponível em:
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RIBEIRO, Renato Janine Ribeiro. A universidade e a vida atual: Fellini não via filmes. 2a ed. São Paulo: Edusp, 2014.

ROCHA, José Cláudio. A reinvenção solidária e participativa da Universidade: estudo sobre redes de extensão universitária no Brasil. Salvador: EDUNEB, 2008.

SODRÉ, Muniz. Reinventando a Educação: diversidade, descolonização e redes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

UFSB. Disponível em: https://www.youtube.com/channel/UCdBNG_c5ZDE3X0BuUAn9rcw. Acesso em 08.julho.2017.

UFSB. Carta de Fundação da UFSB. Disponível em: http://ufsb.edu.br/carta-fundacao/. Acesso em 05.mai.2015
_____ . Código de Ética Estudantil. Disponível em: http://www2.ufsb.edu.br/wp-content/uploads/C%C3%93DIGO-DE- %C3%89TICA-ESTUDANTIL-UFSB-2014.pdf. Acesso em 08.julho.2017