Livro de Pablo Gentili: O labirinto da desigualdade
Educação: Capítulo 4
Contextualização do texto e apresentação do
autor e o contexto de sua produção.
Pablo Gentili nasceu na Argentina e se
tornou doutor em educação pela universidade de Buenos Aires. Escreveu a obra o
labirinto das desigualdades onde destaco a parte três do capítulo dois: Chamar
as escolas por seus nomes, onde o autor aponta o grande número de escolas que
carregam o nome de muitos ditadores que violaram os direitos da humanidade se
caracterizando como inimigos da liberdade. O autor aponta que quase todos os
ditadores um dia foram a escola, mas, apesar disso, a escola não conseguiu
desempenhar o papel de libertar o mundo da opressão.
A importância da retirada de nomes de
homens que foram ditadores das escolas é para fazer com que nenhuma escola
carregue a história de pessoas que violaram os direitos humanos e que
promoveram a injustiça, a miséria e a exclusão. O autor destaca que chamar as
escolas por seus nomes é fazer da educação uma oportunidade para inventar
sonhos de liberdade e autonomia, de emancipação e justiça.
Tema do capítulo.
Recuperar as escolas da expropriação
ética à qual foram submetidas quando foram batizadas com nomes de ditadores.
Questões centrais abordadas no capítulo, no
que tange à política educacional e gestão da educação.
A política educacional de um país deve
ser guiada pelo povo, respeitando o direito de cada individuo e assegurando o
bem comum. Chama-se política, pois circunda a nação, seus anseios, objetivos e
valores. Segundo o INEP (2006) “As Políticas Públicas envolvem todos os grupos
de necessidades da sociedade civil, que são as Políticas Sociais, estas
determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas em
princípio, à redistribuição dos benefícios sociais.”
A
educação aparece no cenário, com o objetivo de libertar o mundo da opressão,
promovendo o conhecimento, fortalecendo a democracia e favorecendo a liberdade.
O paradoxo passa a existir quando ditadores como o autor descreve que fazem o
oposto do que foi citado anteriormente, são homenageados por escolas. É papel
da gestão escolar cuidar não só do ensino-aprendizagem do aluno, mas
proporcionar meios para a sua recuperação, articulando-se com as famílias e a
comunidade, proporcionando assim um processo de integração. Vale ressaltar que
as escolas possuem autonomia prevista pela Lei das Diretrizes e Bases da
Educação Nacional de 1996, que garantem o atendimento das especificidades
locais e regionais. Nesse contexto a briga por melhorias deve acontecer nas
ações em prol da comunidade e discentes, porém devem acontecer também nos
referenciais, apontando os inimigos da democracia e da liberdade, e seguindo a
recomendação do autor quando diz que devemos renomear as escolas.
Visão sobre trabalho presente no capítulo e analise a partir de experiências e opiniões pessoais.
Segundo o autor Pablo Gentili, existem
centenas de escolas públicas que carregam o nome de alguns militares que
presidiram o governo entre 1964 e 1985. Diz também que recentemente o prefeito
de São Paulo, promulgou uma lei que permite a mudança de nome de lugares
públicos que prestam homenagens às autoridades que tenham cometido crimes
contra a humanidade ou graves violações aos direitos humanos.
A ditadura militar foi um período
marcante para a história do Brasil, deve sempre ser lembrada para que não seja
repetida. Durante o golpe, a constituição brasileira foi rasgada e a democracia
retirada da nação. Pessoas foram oprimidas pelos militares e muitos deles
assassinados pelos mesmos. Atualmente vemos em escolas homens pra praticaram
tais coisas, sendo homenageados até os dias de hoje. Ter conhecimento de
questões como essa, é saber que a sua liberdade e democracia estão em risco,
pois, os vilões da história da nação, ainda ocupam o pódio dos lugares que
precisamos alcançar.
A educação é a oportunidade onde pode
surgir sonhos de liberdade e autonomia. Mas para isso, as ideias precisam sair
do papel, e discussões como essa precisam ser transformadas em ações, a começar
pela desmascararão desses personagens da nossa história que precisam ser
expostos e apontados como exemplos a não seguir, e isso precisa partir das
escolas, afinal é onde se nasce o sonho de liberdade.