sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

CHAMAR AS ESCOLAS POR SEUS NOMES

Livro de Pablo Gentili: O labirinto da desigualdade 
Educação: Capítulo 4


          Contextualização do texto e apresentação do autor e o contexto de sua produção.


Pablo Gentili nasceu na Argentina e se tornou doutor em educação pela universidade de Buenos Aires. Escreveu a obra o labirinto das desigualdades onde destaco a parte três do capítulo dois: Chamar as escolas por seus nomes, onde o autor aponta o grande número de escolas que carregam o nome de muitos ditadores que violaram os direitos da humanidade se caracterizando como inimigos da liberdade. O autor aponta que quase todos os ditadores um dia foram a escola, mas, apesar disso, a escola não conseguiu desempenhar o papel de libertar o mundo da opressão.
A importância da retirada de nomes de homens que foram ditadores das escolas é para fazer com que nenhuma escola carregue a história de pessoas que violaram os direitos humanos e que promoveram a injustiça, a miséria e a exclusão. O autor destaca que chamar as escolas por seus nomes é fazer da educação uma oportunidade para inventar sonhos de liberdade e autonomia, de emancipação e justiça.

          Tema do capítulo.

Recuperar as escolas da expropriação ética à qual foram submetidas quando foram batizadas com nomes de ditadores.

Questões centrais abordadas no capítulo, no que tange à política educacional e gestão da educação.

          A política educacional de um país deve ser guiada pelo povo, respeitando o direito de cada individuo e assegurando o bem comum. Chama-se política, pois circunda a nação, seus anseios, objetivos e valores. Segundo o INEP (2006) “As Políticas Públicas envolvem todos os grupos de necessidades da sociedade civil, que são as Políticas Sociais, estas determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas em princípio, à redistribuição dos benefícios sociais.”
            A educação aparece no cenário, com o objetivo de libertar o mundo da opressão, promovendo o conhecimento, fortalecendo a democracia e favorecendo a liberdade. O paradoxo passa a existir quando ditadores como o autor descreve que fazem o oposto do que foi citado anteriormente, são homenageados por escolas. É papel da gestão escolar cuidar não só do ensino-aprendizagem do aluno, mas proporcionar meios para a sua recuperação, articulando-se com as famílias e a comunidade, proporcionando assim um processo de integração. Vale ressaltar que as escolas possuem autonomia prevista pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, que garantem o atendimento das especificidades locais e regionais. Nesse contexto a briga por melhorias deve acontecer nas ações em prol da comunidade e discentes, porém devem acontecer também nos referenciais, apontando os inimigos da democracia e da liberdade, e seguindo a recomendação do autor quando diz que devemos renomear as escolas.

         Visão sobre trabalho presente no capítulo e analise a partir de experiências e opiniões pessoais.

Segundo o autor Pablo Gentili, existem centenas de escolas públicas que carregam o nome de alguns militares que presidiram o governo entre 1964 e 1985. Diz também que recentemente o prefeito de São Paulo, promulgou uma lei que permite a mudança de nome de lugares públicos que prestam homenagens às autoridades que tenham cometido crimes contra a humanidade ou graves violações aos direitos humanos.
A ditadura militar foi um período marcante para a história do Brasil, deve sempre ser lembrada para que não seja repetida. Durante o golpe, a constituição brasileira foi rasgada e a democracia retirada da nação. Pessoas foram oprimidas pelos militares e muitos deles assassinados pelos mesmos. Atualmente vemos em escolas homens pra praticaram tais coisas, sendo homenageados até os dias de hoje. Ter conhecimento de questões como essa, é saber que a sua liberdade e democracia estão em risco, pois, os vilões da história da nação, ainda ocupam o pódio dos lugares que precisamos alcançar.
A educação é a oportunidade onde pode surgir sonhos de liberdade e autonomia. Mas para isso, as ideias precisam sair do papel, e discussões como essa precisam ser transformadas em ações, a começar pela desmascararão desses personagens da nossa história que precisam ser expostos e apontados como exemplos a não seguir, e isso precisa partir das escolas, afinal é onde se nasce o sonho de liberdade. 




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